PREFEITURA MUNICIPAL DE CHAPECÓ
FUNDAÇÃO CULTURAL DE CHAPECÓ
Diretora Presidente: Roselaine Vinhas
SETOR DE ARTES VISUAIS
Coordenação e curadoria: Janaina Schvambach
Colaboração: Raquel de Bona
A Exposição “Enio Griebler, vida e obra” além de fazer uma
retrospectiva da vida do artista Enio Griebler, inaugura um novo espaço
destinado às Artes Plásticas em Chapecó, a nova Galeria Municipal de Arte do
Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo De Nes.
Ao entrar em contato com o artista e suas obras, podemos
perceber sua grande sensibilidade. Autoditada, estudou apenas até a 4º série, e
não frequentou curso específico em Arte. Em suas obras podemos perceber
influências da cultura alemã e a delicadeza sensitiva e primitiva de um
apaixonado pelas formas orgânicas e a natureza. A humildade do artista
transparece no seu trabalho, de maneira simples, bela, organizada e caprichosa.
Ingênuo, porém consciente de seu valor e de como classificar sua produção, Enio
Griebler consegue dividir claramente seu trabalho entre Arte, artesanato e
marcenaria. Todas as obras apresentadas fazem parte do acervo do artista e o
objetivo expográfico da mostra foi mostrar um pouco de todo o processo criativo
e cotidiano de Enio. Podemos presenciar reproduções de seus primeiros desenhos
feitos na infância, sua primeira escultura feita em canivete, pinturas,
gravuras, esculturas artísticas em madeira, artesanato, marcenaria, documentos
legitimadores da sua experiência artística e também um pequeno documentário que
mostra seu processo de produção artística.
Pequena história do
artista[1]
“Enio Griebler nasceu em 05 de setembro de 1938, na cidade
de Estrela/RS. Aos 21 anos transfere-se para Concórdia/SC. Lá casou-se com
Semilda Griebler. Desde 1974 reside em Chapecó/SC. Desta união nasceu Andréas
Ricardo Griebler”. Em 2012, Enio Griebler, tem uma nova companheira, Rosalhia
Borsoi Conde, com quem vive atualmente no Bairro Jardim América. Aos 08 anos de
idade confeccionou enfeites de Natal em madeira. Na colônia, adolescente,
realizou sua primeira escultura em madeira, entalhada com canivete, onde o tema
“naif” era uma casinha com árvores. Mais tarde, em Chapecó, trabalhou em uma
indústria que constrói mesas de bilhar. A pedido dos proprietários dessa
empresa entalhou formas e texturas em pernas de mesa de snoocker, alcançando
resultado satisfatório.
Com o passar do tempo sua técnica escultórica foi
aprimorada. Em 1980, Neiva Costella incentivou o artista a participar de uma
exposição coletiva no Parque Tancredo Neves. Nesta exposição conheceu outros
artistas plásticos e divulgou seu nome e trabalho.
Em 1981, recebeu o convite para ingressar no Grupo CHAP
(grupo pioneiro na divulgação das Artes Plásticas de Chapecó. Ao lado dos
artistas plásticos Cyro Sosnoski, Paulo de Siqueira, Agostinho Duarte, Dalme
Rauen (todos in memorian) e Antônio Chiarello realizaram diversas exposições e
ações artísticas divulgando a Arte Chapecoense. Griebler perpassou várias
linguagens em suas produções plásticas, dentre elas, o artesanato. Esculpe
também troféus para empresas. Tem a capacidade de reproduzir diversas tiragens
de um mesmo modelo de escultura. Passou pela experiência da pintura a óleo
entre os anos 1974/75. Na escultura utiliza para entalhe o cedro, devido a
maciez e a cor avermelhada. Enio acredita que as imagens mais difíceis de
esculpir são de animais, devido à simetria e necessidade de semelhança com o
original. Seu vasto currículo iniciou em 21 de novembro de 1974, onde recebeu o
prêmio de Menção Honrosa na 1º Exposição Feira de Pintura em Concórdia/SC,
promovida pelo Rotary. Participou de
diversas exposições, individuais e coletivas, em diversas localidades, tais
como: Balneário Camboriú/SC, Tubarão/SC, Curitiba/PR, São Paulo/SP no
SESI/FIESP, Possadas/ARG e Eldorado/AGR. Em 1984, participou do “Salão Ferrovia
Federal de Artes Plásticas de Tubarão/SC”, com a obra intitulada “O Trem da Era
Moderna”. Essa exposição prestava uma homenagem aos 100 anos da Ferrovia de
Tubarão. Dentre os 700 trabalhos inscritos classificou-se entre os 70. Enio não
possui fotografia dessa peça, apenas o esboço que utilizou para a confecção da
obra. O escultor residiu por muitos anos ao lado do Parque Angelo Sartori, no
bairro Palmital, local repleto de árvores e pássaros. O artista prefere trabalhar
em suas esculturas no início da manhã, após tratar os passarinhos no pátio. Em
seu ateliê esculpe ao som do rádio. Seu trabalho ganhou notoriedade nos últimos
anos, realizando três exposições na Galeria Municipal de Arte Dalme Marie
Grando Raeun, uma coletiva e duas individuais, além de ter ganhando em 2011,
Menção Honrosa no 9º Salão Chapecoense de Artes Plásticas de Santa Catarina”.
[1] O presente texto teve como referência o
folder da Exposição “Enio Griebler, pionerismo & versatilidade”, Galeria
Municipal de Artes Dalme Marie Grando Rauen, 2006, organizada por Gina Zanini; e
entrevista realizada com o artista no dia 19/04/2012.
Fotos da abertura - Inauguração da Nova Galeria de Arte do Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo De Nes.
apresentação Coral da Escola de Artes de Chapecó/ foto: Camila Pazim
público/ foto: Camila Pazim
fala da Diretora Presidente da FCC/ foto: Camila Pazim
fala do Prefeito de Chapecó/ foto: Camila Pazim
momento oficial da abertura/ foto: Camila Pazim
Janaina Schvambach, Enio Griebler e sua esposa, Raquel de Bona/ foto: Camila Pazim
FOTOS DA EXPOSIÇÃO
vista geral da exposição/foto: Janaina Schvambach
obras - Enio Griebler/ foto: Janaina Schvambach