segunda-feira, 23 de abril de 2012

Inauguração da Nova Galeria de Arte de Chapecó (Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo De Nes) e abertura da Exposição 'Enio Griebler, vida e obra'. 07 de maio de 2012, Chapecó - SC



PREFEITURA MUNICIPAL DE CHAPECÓ
FUNDAÇÃO CULTURAL DE CHAPECÓ 
Diretora Presidente: Roselaine Vinhas
SETOR DE ARTES VISUAIS
Coordenação e curadoria: Janaina Schvambach
Colaboração: Raquel de Bona



A Exposição “Enio Griebler, vida e obra” além de fazer uma retrospectiva da vida do artista Enio Griebler, inaugura um novo espaço destinado às Artes Plásticas em Chapecó, a nova Galeria Municipal de Arte do Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo De Nes.
Ao entrar em contato com o artista e suas obras, podemos perceber sua grande sensibilidade. Autoditada, estudou apenas até a 4º série, e não frequentou curso específico em Arte. Em suas obras podemos perceber influências da cultura alemã e a delicadeza sensitiva e primitiva de um apaixonado pelas formas orgânicas e a natureza. A humildade do artista transparece no seu trabalho, de maneira simples, bela, organizada e caprichosa. Ingênuo, porém consciente de seu valor e de como classificar sua produção, Enio Griebler consegue dividir claramente seu trabalho entre Arte, artesanato e marcenaria. Todas as obras apresentadas fazem parte do acervo do artista e o objetivo expográfico da mostra foi mostrar um pouco de todo o processo criativo e cotidiano de Enio. Podemos presenciar reproduções de seus primeiros desenhos feitos na infância, sua primeira escultura feita em canivete, pinturas, gravuras, esculturas artísticas em madeira, artesanato, marcenaria, documentos legitimadores da sua experiência artística e também um pequeno documentário que mostra seu processo de produção artística.

Pequena história do artista[1]

“Enio Griebler nasceu em 05 de setembro de 1938, na cidade de Estrela/RS. Aos 21 anos transfere-se para Concórdia/SC. Lá casou-se com Semilda Griebler. Desde 1974 reside em Chapecó/SC. Desta união nasceu Andréas Ricardo Griebler”. Em 2012, Enio Griebler, tem uma nova companheira, Rosalhia Borsoi Conde, com quem vive atualmente no Bairro Jardim América. Aos 08 anos de idade confeccionou enfeites de Natal em madeira. Na colônia, adolescente, realizou sua primeira escultura em madeira, entalhada com canivete, onde o tema “naif” era uma casinha com árvores. Mais tarde, em Chapecó, trabalhou em uma indústria que constrói mesas de bilhar. A pedido dos proprietários dessa empresa entalhou formas e texturas em pernas de mesa de snoocker, alcançando resultado satisfatório.
Com o passar do tempo sua técnica escultórica foi aprimorada. Em 1980, Neiva Costella incentivou o artista a participar de uma exposição coletiva no Parque Tancredo Neves. Nesta exposição conheceu outros artistas plásticos e divulgou seu nome e trabalho.
Em 1981, recebeu o convite para ingressar no Grupo CHAP (grupo pioneiro na divulgação das Artes Plásticas de Chapecó. Ao lado dos artistas plásticos Cyro Sosnoski, Paulo de Siqueira, Agostinho Duarte, Dalme Rauen (todos in memorian) e Antônio Chiarello realizaram diversas exposições e ações artísticas divulgando a Arte Chapecoense. Griebler perpassou várias linguagens em suas produções plásticas, dentre elas, o artesanato. Esculpe também troféus para empresas. Tem a capacidade de reproduzir diversas tiragens de um mesmo modelo de escultura. Passou pela experiência da pintura a óleo entre os anos 1974/75. Na escultura utiliza para entalhe o cedro, devido a maciez e a cor avermelhada. Enio acredita que as imagens mais difíceis de esculpir são de animais, devido à simetria e necessidade de semelhança com o original. Seu vasto currículo iniciou em 21 de novembro de 1974, onde recebeu o prêmio de Menção Honrosa na 1º Exposição Feira de Pintura em Concórdia/SC, promovida pelo Rotary.  Participou de diversas exposições, individuais e coletivas, em diversas localidades, tais como: Balneário Camboriú/SC, Tubarão/SC, Curitiba/PR, São Paulo/SP no SESI/FIESP, Possadas/ARG e Eldorado/AGR. Em 1984, participou do “Salão Ferrovia Federal de Artes Plásticas de Tubarão/SC”, com a obra intitulada “O Trem da Era Moderna”. Essa exposição prestava uma homenagem aos 100 anos da Ferrovia de Tubarão. Dentre os 700 trabalhos inscritos classificou-se entre os 70. Enio não possui fotografia dessa peça, apenas o esboço que utilizou para a confecção da obra. O escultor residiu por muitos anos ao lado do Parque Angelo Sartori, no bairro Palmital, local repleto de árvores e pássaros. O artista prefere trabalhar em suas esculturas no início da manhã, após tratar os passarinhos no pátio. Em seu ateliê esculpe ao som do rádio. Seu trabalho ganhou notoriedade nos últimos anos, realizando três exposições na Galeria Municipal de Arte Dalme Marie Grando Raeun, uma coletiva e duas individuais, além de ter ganhando em 2011, Menção Honrosa no 9º Salão Chapecoense de Artes Plásticas de Santa Catarina”.


[1] O presente texto teve como referência o folder da Exposição “Enio Griebler, pionerismo & versatilidade”, Galeria Municipal de Artes Dalme Marie Grando Rauen, 2006, organizada por Gina Zanini; e entrevista realizada com o artista no dia 19/04/2012.


Fotos da abertura - Inauguração da Nova Galeria de Arte do Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo De Nes.



 apresentação Coral da Escola de Artes de Chapecó/ foto: Camila Pazim


público/ foto: Camila Pazim

 fala da Diretora Presidente da FCC/ foto: Camila Pazim

fala do Prefeito de Chapecó/ foto: Camila Pazim

 momento oficial da abertura/ foto: Camila Pazim

Janaina Schvambach, Enio Griebler e sua esposa, Raquel de Bona/ foto: Camila Pazim

 vista geral da abertura/ foto: Camila Pazim

vista geral da abertura/ foto: Camila Pazim



FOTOS DA EXPOSIÇÃO


vista geral da exposição/foto: Janaina Schvambach

  

  



obras - Enio Griebler/ foto: Janaina Schvambach


domingo, 22 de abril de 2012

Exposição 'Paris, monochrome' da fotógrafa Mari Baldissera. Galeria Municipal de Artes Dalme Marie Grando Rauen. Abertura 04 de maio de 2012



acervo Mari Baldissera


acervo Mari Baldissera




Paris, Monochrome

A exposição Paris, Monochrome retrata a cidade-luz na sua contemporaneidade. Os recortes fotográficos dessa bela cidade exploram um olhar delicado por objetos e paisagens fugidias, recortes que privilegiam o ‘momento decisivo’ preconizado por Cartier-Bresson. Porém, Mari Baldissera faz intuitivamente uma grande homenagem a Eugène Atget, grande fotógrafo parisiense que no final do século XIX captou o vazio e o silêncio de uma cidade que suportava calada as transformações decorrentes do projeto da Modernidade. E agora, em pleno século XXI, a Paris apresentada se mostra uma mistura de tendências modernas e pós-modernas, de luz e muita sombra, de penumbra  e recortes do passado. A memória evocada nessas imagens, nada mais é do que fato real, referente fotográfico pertencente a ‘velha’ linguagem da fotografia tradicional, permeado de contraste, meios-tons e morte do espaço-tempo. A imagem capturada se expande em um jogo de diversos olhares peculiares, pequenos, discretos e finitos, e é somente através da fotografia que esse conjunto de pequenas memórias é capaz de nos aprisionar em frente a algo que já passou, que nos resta apenas seu traço luminoso impresso no papel.  Os flagrantes da Paris contemporânea fogem dos enquadramentos tradicionais, estão permeados de cantos, reflexos e ângulos, mas o que mais chama atenção são os transeuntes, todos sem identidade, porém todos carregados pelo peso de estar em uma bela cidade, que talvez para eles não seja nada além de um lugar. Mari Baldissera flanou pela grande cidade, soube recortar e aprisionar através das lentes de sua câmera uma experiência que poderia ter sido única e particular, porém está disponível como Arte, como Arte Fotográfica, na sua essência, na sua principal função: captar a luz do espaço-tempo. Portanto, se a fotografia pode ser considerada índice, estamos presenciando um traço de Paris, um pequeno resquício de sua luz.

Janaina Schvambach

GALERIA MUNICIPAL DE ARTE DALME MARIE GRANDO RAUEN (Prefeitura Muncipal de Chapecó - Fundação Cultural de Chapecó)
Praça Coronel Bertaso, Chapecó - SC
Período: 04 de maio a 01 de junho de 2012
horário abertura: 19h30

Coordenação: Janaina Schvambach


 FOTOS DA ABERTURA

foto: Camila Pazzim

foto: Camila Pazzim

foto: Camila Pazzim

foto: Camila Pazzim

terça-feira, 10 de abril de 2012

Exposição "Os clássicos da pitura visitam o Rio de Janeiro", do artista Lielzo Azambuja.



(fotografia: Janaina Schvambach)

(fotografia: Janaina Schvambach)

(fotografia: Janaina Schvambach)

(fotografia: Janaina Schvambach)

(fotografia: Janaina Schvambach)

(fotografia: Camila Pazzin)

(fotografia: Camila Pazzin)

(fotografia: Camila Pazzin)

(fotografia: Camila Pazzin)

Maiores informações: http://lielzoazambuja.com/contents/bio


Coordenação: Roselaine Vinhas e Janaina Schvambach
Colaboração: Raquel De Bona.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Exposição 'Entre a paisagem e o ser humano', Panorama SESC de Artes Visuais, Jaraguá do Sul-SC, curadoria Carlos Alberto Franzoi

ENTRE A PAISAGEM E O SER HUMANO

Quais as interrelações entre diferentes fatores que norteiam a relação homem e natureza?
Ponting, em sua obra Uma História Verde do Mundo nos diz que a 'história humana não pode ser compreendida em um vácuo'. Para o autor, que indica uma mudança no modo de pensar essa relação, a vida na terra depende de como os seres humanos se relacionam com o seu ambiente.

O que une Aline Assumpção e Charles Steucki, Bill Lüchmann, Cláudia Zimmer, Fabíola Scaranto, Fernanda Zimermann, Janaina Schvambach, Janor Vasconcelos, Karina Zen, Lela Martorano, Márcio Paloch, Priscila dos Anjos, Raissa Beatriz, Renato Veiga, Rosangela Becker, Sérgio Adriano H. e Sonia Loren nesse recorte curatorial é a existência desse coneito em suas propostas visuais. Não que isso seja o único propósito ou leitura, pois na contemporaneidade a obra se constitui aberta e, portanto permeada de signos que apontam para múltiplas direções a partir do repertório teórico, vivencial, cultural e emocional de cada apreciador.

Todos os artistas aqui apresentados interagem com o território que habitam numa interrelação semiótica com o espaço-tempo. Buscam discutir o ser humano, a paisagem e esse lugar e não-lugar existente entre ambos É justamente no 'entre' que suas poéticas visuais residem e se aproxima, provocando conexões que levam a uma percepção do eu enquanto agente transformador do meio e suas aplicações no mundo contemporâneo.

curador: Franzoi


 vista geral da exposição

 vista geral da exposição

vista geral da exposição


vista geral da exposição



trabalhos: Sérgio Adriano H; Aline Assumpção e Charles Steuck; Janaina Schvambach


alguns artistas

trabalho Janaina Schvambach

trabalho: Sérgio Adriano H.

trabalho: Renato Veiga

 trabalho: Priscila dos Anjos


Abertura: 18 de março de 2012
SESC - Jaraguá do Sul - SC


Aline Assumpção e Charles Steuck (Blumenau) 
Bill Lümann 
Cláudia Zimmer (Florianópolis)
Fabíola Scaranto (Florianópolis)
Fernanda Zimermann (Joinville)
Janaina Schvambach (Chapecó)
Janor Vasconcelos (Criciúma)
Karina Zen (Florianópolis)
Lena Martorano
Márcio Paloschi (Jaraguá do Sul)
Raissa Beatriz
Renato Veiga (Joinville)
Rosângela Becker (Criciúma)
Sérgio Adriano H (Joinville)
Sonia Loren (Chapecó)